Na rua vejo a vida passar,
Gente tentando se encontrar.
No caos, a esperança é semente,
Mesmo que o mundo seja quente.
Amigos, risos, lágrimas também,
A vida é um sopro, vai e vem.
No asfalto, sonhos a se perder,
Mas sempre há motivo pra crer.
Dentro de mim há um grito contido,
Coração ferido, mas ainda erguido.
Amor e dor, na mesma canção,
São a essência da minha paixão.
Se a vida machuca, aprendo a lutar,
Mesmo que seja difícil respirar.
Nos versos, encontro minha saída,
No som, a cura da minha vida.
O sol brilha, depois chove sem aviso,
A vida é assim, feita de improviso.
Na alegria, danço sem pensar,
Na tristeza, aprendo a cantar.
Entre o céu claro e o negro trovão,
Pois cada lágrima que cai do olhar,
Faz minha alma mais forte ficar.
Amigo é irmão que o tempo escolheu,
Mesmo na dor, o abraço não perdeu.
Entre risos e histórias pra contar,
É no peito que a gente vai guardar.
Se tropeço, me ajuda a levantar,
Se sorrio, vem comigo celebrar.
Na vida, o que vale é caminhar,
Com quem sabe amar e partilhar.
Quero voar sem medo, sem prisão,
Respirar profundo, sentir o coração.
Nada prende quem busca sonhar,
Nem as correntes podem me calar.
Caminho certo ou errado, não sei,
O que importa é que eu me encontrei.
No som, na rua, em cada canção,
Vive o espírito livre do meu coração.